domingo, 16 de novembro de 2008

Sentir

Em uma época em que o mundo vive um período tão crítico, começa-se a perceber que é preciso valorizar mais o "ser", o "sentir" e o "conviver". Já temos grandes provas de que os absurdos do Capitalismo (como o consumismo inconseqüente, incentivado e sustentado pela mídia) são os causadores dos grandes problemas que, hoje, a sociedade enfrenta. O texto a seguir, escrito por um aluno de Ensino Médio, nos possibilita refletir sobre a postura do homem moderno e sobre o desafio que tem cada um de nós na construção de uma mudança na maneira de ver, compreender e "sentir" a realidade, bem como na maneira de atuar nesse espaço.

Sentir
Se instalou um caos no mundo. O mundo esqueceu coisas primordias a sua sobrevivência; o mundo já não sente.
As pessoas buscam mais dinheiro, mais carinho e mais felicidade, mas esquecem de sentir. Esquecem que, quando se coloca sentimento nas coisas, elas ficam melhores. Não sentem a emoção por trás das músicas, o sofrimento por trás da arte, a vida; vida que vem com o amanhecer, com o cheiro da chuva, com o brilho da lua, com o som do vento.
As pessoas estão sempre em busca da felicidade, sem notar que viver e "sentir" são a chave de tudo. Não percebem que são felizes; não têm tempo, as pessoas não têm tempo nem para pensar no que são, no que querem ser e em que estão fazendo.
O homem substituiu valores singulares, indispensáveis para sua existência, e criou padrões; e quem não se encaixa nesses padrões acredita que não pode ser quem realmente é.
As pessoas mudam e se transformam buscando se encaixar nos novos modelos e não notam que fazendo isso se tornam apenas mais uma peça, mais um rosto entre milhões. Nesse sistema, as peças imperfeitas são descartadas!
Mas ser imperfeito não é ruim. Sabe, há beleza nas imperfeições. Elas são únicas e para ver basta sentir.
Alex Junior Wingert Quadros - aluno da 2a série, turma 222, na E.E.B. São Miguel.

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